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O termo de «gótico» - no sentido de bárbaro -, aplicado em tempos ao conjunto da arte medieval, já perdeu há muito tempo o seu sentido pejorativo, e sabe-se hoje quanto essa época artística foi rica e variada.
A Arte na Idade Média recorda-nos que, durante mais de dez séculos, a criação artística europeia aí deu provas de uma inventividade incessante na arquitectura, escultura, pintura e ourivesaria. Do arco romano às ogivas ligeiras e aos dentes de pedra do estilo flamejante, desenha-se uma extraordinária evolução. Quando as iluminuras dão lugar à novíssima impressão, as premissas do Renascimento sobrepõem-se aos refinamentos do gótico terminal.
Este período é o da passagem das obras-primas anónimas às obras assinadas. O realismo flamengo pertence igualmente à arte medieval terminal, tanto mais que a Itália aborda o Renascimento.