O DEUS QUE A IGREJA NOS VENDE

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O DEUS QUE A IGREJA NOS VENDE
Autor(a)
António Calvinho
Editora
Edição do Autor
Género Literário
Autores Portugueses
Religião
Desenvolvimento pessoal
Não ficção
Outro
Sinopse

O DEUS QUE A IGREJA NOS VENDE

Autor: António Calvinho
Editora: Edição do Autor
1ª edição 1977

Capa de Francisco Alvito. Prefácio de Major Diniz de Almeida (extracto do livro "Ascensão e Queda do MFA").

Páginas:160

Dimensões:210x140 mm.
Peso: 275

IS 1543325890

INI15000F

 

Exemplar manuseado com algumas manchas de oxidação na capa e folhas de guarda.

 

PREÇO: 15.00€

 

INTRODUÇÃO

 

Ao leitor do meu primeiro livro «Trinta facadas de raivas não terá passado despercebido a atribuição de grande dose de responsabilidade ao clero português pelo seu papel de cúmplice na tragédia que foi a guerra colonial. Os versos onde aludo a essa responsabilidade generalizada não são fruto de uma opinião simples e sem conteúdo; eles são a expressão sensível de uma vivência de menino, moço e sol- dado a quem foi trabalhada a consciência (alma) para muito bem servir a Deus, à Pátria e à família.

 

Jogando com esta trilogia alienante, toda ela feita de conceitos moldados aos interesses do regime e assente em princípios dogmáticos, portanto, indiscutíveis, o regime, do qual fazia parte integrante a Igreja, programava os seus <robots» desde tenra idade, através das catequeses e dos bancos da escola, para anos mais tarde encherem os porões dos navios transportando nas pontas das espingardas a expressão cruel da vontade da Pátria de Salazar e Caetano e do Deus do Cardeal Cerejeira. Ou seja a expressão de um regime grotesco e assassino cujos pilares de sustentação

foram um falso conceito de Pátria e uma hipócrita definição de Deus.

 

QUESTOES MOTIVADORAS:

 

É justo referenciar aqui que nem todo o clero tinha como Deus a hipocrisia. Muitos padres houve e há para quem a palavra Deus não se ajusta à definição de mercadoria. Mas, desses, quantos haverá que não sofreram de perseguição por parte do estado de então e, sofreram e sofrem, por parte da Igreja de sempre?

 

Em face desta questão coloca-se-nos a pergunta impertinente: onde habita o verdadeiro Deus? Nas palavras daqueles que o utilizam como mercadoria para, a preço de sangue, fome, e doenças, conduzirem o seu rebanhos para os caminhos do Senhor»? Ou daqueles outros que, utilizando a verdade, referenciando as desigualdades sociais e lutando para as suprimir, se aliam aos fracos e aos oprimi- dos na procura da verdadeira paz de espírito, e, com esses, procuram levar a cabo as acções consequentes para por fim ao inferno que os mesmos sofrem na terra?! Qual a posição da Igreja sobre estas posições antagónicas! Deus é, segundo a Biblia, uno, indivisível, omnipotente e omnisciente.

 

Será?

 

Poderá ele estar simultaneamente nos dois lados da bar- ricada? Poderá Deus habitar em simultâneo no fausto e na riqueza do palácio dum milionário e no casebre ou barracade lata de um mendigo?

 

Poderá Deus habitar a alma de um Salazar, de um Hitler, de um Pinochet e ao mesmo tempo habitar a alma de uma Catarina Eufémia, de um Humberto Delgado, dos milhões de Judeus que morreram às mãos de Hitler e dos milhares de Chilenos que perderam a vida perante a fúria vampira de Pinochet?...

 

Poderá Deus estar em simultâneo nas pontas das espingardas do capitalismo e na ponta das espingardas dos Movimentos de libertação?

 

Poderá Deus permitir-se habitar em templos de fausto, em sacrários de pedras preciosas, em cálices de ouro fino enquanto aqueles que ele criou à sua imagem e semelhança morrem de fome, de guerras e de frio?!....

 

Poderá esse Deus viajar nos mercedes dos Bispos nas suas viagens e digressões pastorais e permitir que dezenas de pessoas transportem, a pé, durante 12 Km, e debaixo de chuva, um caixão de uma criança que morreu com falta de assistência médica?

 

Habitará Deus no coração do padre que se nega a ministrar os últimos sacramentos a um pobre camponês só por- que este não pagou o tributo (côngrua) à sua Igreja? Irá esse camponês para o inferno ou será que lhe é descontado na pena o inferno temporal vivido na terra?! Não disse Cristo: Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus-quando alguém lhe perguntou se devia ou não pagar o tributo a César? Então porque impõe a Igreja aos crentes condicionantes materiais para a entrada no reino dos céus? Porque obriga a Igreja que os crentes lhe paguem a côngrua? Porque detém o Vaticano dois terços da cidade de Roma?

 

Porque tem a Igreja contas chorudas nos bancos Suíços? Porque assentam as relações económicas da Igreja no sistema financeiro capitalista-com monopólios e tudo?

 

PROPOSITO:

 

Assentemos os pés na terra que pisamos: olhemos para dentro de nós e vamos procurar encontrar justificações científicas sobre os fenómenos físicos, psíquicos e metafísicos que influenciam o nosso modo de estar no mundo- nosso e o dos outros; façamos a autêntica descoberta da nossa consciência. Ao fazer essa descoberta sentiremos a necessidade imperiosa do colectivo porque perderemos os vícios que nos foram insuflados por doutrinas fechadas que, nos obrigam a aceitar as coisas, vedando-nos os caminhos da sua compreensão. Ao fazer essa descoberta encontramos a razão do que somos, e sentiremos a imperiosa necessidade de encontro com consciências da mesma condição humana; encontro com a correcta definição da palavra Deus, e que não pode nunca habitar templos de riqueza nem acoitar nos seus templos os lobos com pele de ovelha, e nem subjugar os homens aos males da terra sob promessa de vir a merecer um paraíso com Anjos, Arcanjos, querubins, serafins e outros afins! Basta de, o homem que vive do esforço do seu trabalho, ter que viver acorrentado durante uma vida inteira aos ditames dos fazedores de Deus, dos fazedores de figuras de retórica criadas e alimentadas por legiões de pessoas que nada produzem e tudo consomem, enquanto os contribuintes, para a manutenção material desse Estado, porque dum Estado não passa, continuam, no dia a dia, a regar os campos, as fábricas e as oficinas de suor ou morrem em guerras que só serão santas se a santidade for estupidez como foi o caso da guerra colonial portuguesa.

 

Interessa realçar nesta introdução de que este trabalho não esgota nenhum dos temas nele tratado. Qualquer um, que julgue ser capaz de o fazer e o tente, ficará certamente assombrado com as potencialidades falaciosas da argumentação dos teólogos ao serviço do Vaticano.

 

DEUS E JESUS CRISTO

 

Quando no livro aparecem alusões à vida e morte de Cristo e se The apontam as contradições enerentes à sua condição de «Deus filhos eu não estou a renegar o «Cristo histórico». Esse é uma personagem completamente diferenciada do «Cristo bíblico». «O históricos aquele que, como homem nasceu, viveu e morreu; aquele que tem tanto de filho de Deus como os milhões da sua raça e crença; aquele que se movimentou, já lá vão 2 000 anos, contra as crueldades do Império Romano; esse é um facto, existiu provam-no os pergaminhos, prova-o a própria História. O outro, aquele «Filho único de Deus Pais que com o Pai e o Espírito Santo formam a Santíssima Trindade é já uma artimanha é uma falsa personagem criada à imagem e semelhança de interesses que podem ter sido de Paulo e do próprio imperador Constantino, mas nunca do próprio-Jesus Cristo parido de uma mulher igual a tantas outras mães de cristos. -O Medo que crassa no Vati- cano de que se venha a provar, histórica e teologicamente, que o Cristo Histórico não tenha nada a ver com o «Cristo Messiânico», é já hoje uma obsessão que paira nos iluminados espíritos daquele Estado capitalista. A este propósito diz Heinz Zahrnt no seu livro (Começou com Jesus de Nazareth): ...Se a investigação histórica conseguisse provar existir uma irredutível contradição entre o J. histórico e o Cristo tal como nos é ensinado, ou seja que a fé em J. não é de modo algum baseada no próprio J. isso traria não só <um golpe mortal à teologias como pensa N. D. Dahl, mas significaria em suma o fim de toda a cristologia. Continuo no entanto persuadido que, mesmo nesse caso, nós, teólogos, saberíamos encontrar uma saída se não soubéssemos, quem o saberia? - Mas de duas uma, ou mentimos agora ou mentiremos depois.>

 

Johannes Lehmann remata no seu esclarecedor Relatório sobre Jesus Cristo:

 

 

 

 

...Mas então nunca os teólogos deixarão de mentir. Então o que lhes importa não é a verdade histórica, mas o seu prestigio e a sua existência. Então utilizam o Rabbi J como pretexto para uma fé bem diferente.

 

Eles sabem bem que aqui se situará o principal ponto de rutura que constituirá um forte abanão na sua super-estrutura. Todavia como um estado capitalista, o Vaticano, tem já os seus computadores, e teólogos vendidos, a trabalhar para a saídas oportuna que na altura se imporá.

 

Pena é que: Homens de ciência, conhecedores da verdade histórica, se vendam; Cientistas de vários ramos da ciência se curvem perante o conluio existente entre o Vaticano e o capitalismo internacional;

 

Certo é que:O próprio capitalismo tem muito interesse em mantercomo estrutura de suporte ideológico so Deus que a Igrejanos vende;

 

-O capitalismo está apto a colaborar nas pesquisas científicas, investindo, para que, documentos e outros dados históricos descobertos e a descobrir, fiquem nas suas mãos para que sejam eles a traduzir, cortar e difundir;

 

-Certo é que todas estas coisas estão intimamente ligadas à luta pela emancipação dos Povos e, a evolução do processo histórico não perdoa, e sempre que um Povo se liberta, se liberta mais a verdadeira face do Homem da Galileias e, se afunda no lodo feito de alienação, suor, lágrimas e sangue, a imagem que lhe deram da 2ª peça da «Santissima Trindades «Deus filho».

 

-Há-de chegar, tenho a certeza, embora o tempo me não permita ter a alegria dessa vivência, o Apocalipse para todas as forças criadoras de Deuses anti-Povo.

 

Este livro não pretende, de modo nenhum, arvorar-se emarauto do seu autor para o lançamento de novas teorias do anti-Deus.

 

Dentro do mesmo espirito que motivou em mim as <Trinta facadas de raiva»-«O Deus que a Igreja nos vende» é uma mensagem para todos aqueles que, foram, ou continuam a ser, simples instrumentos de Deuses e chefes Anti- -Povo.

 

Julguei importante documentar factos e poemas com fotografias e notas explicativas na intenção de uma amostragem mais directa e flagrante das contradições entre a teoria e a prática que rege acciona os vendedores do <Deus» que a Igreja nos vende.

 

 

Idioma
Português
Preço
14.98€
Estado do livro
Exemplar manuseado com algumas manchas de oxidação na capa e folhas de guarda.
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