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Um dia, no campo de concentração de Bergen Belsen, na Alemanha, Luís Sepulveda encontrou gravada numa pedra uma frase de amor anónimo que dizia: << Eu estive aqui e ninguém contará a minha história.>> Essa frase trouxe-lhe à memória toda uma galeria de personagens excepcionais que havia conhecido e cujas histórias mereciam ser contadas. Assim nasceu o presente livro , As Rosas de Atacama. << Histórias marginais >> ( aliás o título da edição original espanhola), e também histórias de marginais, os relatos que compõem esta obra têm todos os ingredientes a que Luís Sepulveda habituou os seus leitores: a defesa da vida e da dignidade humana, a luta pela justiça, o elogio dos valores ecológicos, o exotismo como afirmação de que os sonhos são os mesmos em todos os lugares da terra. Como em todos os livros de Sepulveda, também neste a realidade supera a ficção.