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Do aroma adocicado da canela ao odor do gengibre, do travo ao picante mordaz da pimenta, as especiarias são hoje um condimento banal da cozinha de vários países e regiões. No entanto, em tempos foram um bem escasso e precioso; mas elas se globalizaram quando o comércio passou a ser mundial, ligando continentes.
Através da análise do papel das especiarias na concepção de vários pratos e na evolução do seu comércio, o autor leva-nos numa viagem pela ascensão e queda das três grandes metrópoles que, a seu tempo, controlaram o comércio destes condimentos preciosos: primeiro Veneza, a República Sereníssima, depois suplantada por Lisboa após a descoberta do caminho marítimo para a índia e pela viagem de Vasco da Gama; e, finalmente, Amesterdão, capital do último império que controlou o comércio das especiarias, pela mão da Companhia das índias Orientais holandesa, protótipo da multinacional moderna.