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Os belos cavalos deram voltas e mais voltas ao posto, perigosamente próximos uns dos outros, os chicotes estalando no ar, as mãos enluvadas brincando com a habilidade e o perigo. Elas gritavam como os cow-boys conduzindo o seu gado, queriam acordar o deserto, dizer que estavam vivas e alegres por causa da manhã. Paulo tinha levantado os olhos e olhava fascinado, mas o medo continuava no seu coração. Podia ser que não parassem ali, que estivessem a fazer tudo aquilo apenas para despertar o rapaz chinês, explicar-lhe que ainda existia vida, alegria e habilidade.
De repente, obedecendo a um sinal invisível, os animais pararam.
As Valquírias desceram.
As roupas de couro, os lenços coloridos tapando parte do rosto, deixando apenas os olhos de fora, para não respirarem a poeira.
Tiraram os lenços, e esfregaram-nos nas roupas negras, sacudindo o deserto dos seus corpos. Depois colocaram-nos no pescoço, e entraram no snack-bar.
Eram oito mulheres.
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