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As falas que neste livro se sucedem, os versos que se tecem e a música que se
evoca procuram construir uma rede de ficções.
Por exemplo, em 1762, a estreia em Viena da ópera Orfeu e Euridice, de Gluck, foi lugar de um invulgar encontro entre dois portugueses, desses a que os historiadores chamam estrangeirados: papéis falsificados, príncipes no exílio, dívidas por pagar, escândalos de que não há memória levaram esses dois homens, divididos entre a Poesia, a Música, o Amor e a Guerra, a empreender uma iniciática viagem a Praga que mudou para sempre os seus destinos.
Vinte anos depois, como nos romances, a embaixatriz de Portugal em Viena, D. Leonor de Almeida, futura marquesa de Alorna, viu-se confrontada com a memória desse escuro passado e, ao mesmo tempo, com os demónios da Poesia e da Paixão.
Como dizia o abade Mably, é preciso que as paixões sucessivamente se acendam e acalmem para que aconteça por fim a Revolução.
As paginas ligeiramente amareladas no exterior do livro