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Aquando do seu falecimento, em 2010, José Saramago deixou escritas trinta páginas daquele que seria o seu próximo romance; trinta páginas onde estava já esboçado o fio argumental, perfilados os dois protagonistas e, sobretudo, colocadas as perguntas que interessavam à sua permanente e comprometida vocação de agitar consciências.
Saramago escreve a história de Artur Paz Semedo, um homem fascinado por peças de artilharia, empregado numa fábrica de armamento, que leva a cabo uma investigação na sua própria empresa, incitado pela ex-mulher, uma mulher com carácter, pacifista e inteligente. A evolução do pensamento do protagonista permite-nos refletir sobre o lado mais sujo da política internacional, um mundo de interesses ocultos que subjaz à maior parte dos conflitos bélicos do século xx.
Dois outros textos - de Fernando Gómez Aguilera e Roberto Saviano - situam e comentam as últimas palavras do Prémio Nobel português, cuja força as ilustrações de um outro Nobel, Günter Grass, sublinham. José Saramago recebeu o Prémio Camões em 1995 e o Prémio Nobel de Literatura em 1998.
CRÍTICAS DE IMPRENSA
“Umas dezenas de paginas que valem por livros inteiros”
Diário de Notícias
“A prosa de Saramago em Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas não denuncia o estado de fragilidade do escritor, antes uma surpreendente energia criativa”
Expresso
“Aquilo que ficou deste romance incompleto está, de certa forma, acabado: a ação contada é coerente, as personagens têm nitidez, o tempo narrativo encontra se estruturado, o estilo não evidencia hesitações.”
Jornal de Letras, Artes e Ideias