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Esta é a história do Menino QuiNando, o menino de oiro da família Melo Moreira, proprietária da senhorial Casa do Alpendre. Já passou dos setenta anos, mas continua a ser o Menino QuiNando em Crualto, uma povoação no cerne da encosta. Afastado da frequência dos palcos habituais que a fortuna pessoal sempre lhe facultou, o único confronto teatral que lhe resta é com Arménio, filho dos caseiros, que é o melhor e o pior dos seus amigos. Numa escrita polifónica e poligráfica, juntam-se, aos comparsas, as vozes do Sol, do povo e do escritor, que filtram e expandem versões, procurando recuperar os fragmentos que possam traduzir em escrita o intraduzível da vida. Eis o que disse o júri que atribuiu a esta ficção narrativa o Prémio Literário Orlando Gonçalves, na sua XXII edição: «Recorrendo a cinco vozes narrativas, o conjunto assume um caráter coral, construindo personagens bem recortadas e revelando um assinalável domínio da linguagem utilizada.»