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Dois dos mais arrojados textos que exploram e questionam o papel das mulheres na sociedade
«Pessoalmente, acredito que um trabalho aprazível, com um certo grau de entusiasmo e mudança, me faria bem. Mas que posso eu fazer?»
Em 1890, recuperada da depressão pós-parto que a assolou após o nascimento da filha, Charlotte Perkins Gilman traduz essa experiência em O Papel de Parede Amarelo. Afastada da sociedade, uma mulher com pleno domínio das suas faculdades mentais - apesar do que as pessoas à sua volta e um desconcertante papel de parede pareciam sugerir - sucumbe gradualmente à loucura.
Em A Terra Delas, utopia publicada mais de vinte anos depois, três homens encontram uma comunidade isolada, composta apenas por mulheres. A constatação da ordem, da paz e da entreajuda reinantes força-os a questionar o que tinham como certo sobre o sexo oposto.
Denunciando a castradora condição social das mulheres no século XIX ou explorando e subvertendo os papéis de género, a voz assertiva e independente de Charlotte Perkins Gilman afirma-se como uma das mais importantes e originais na literatura norte-americana.