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Inédito em Portugal, um dos mais importantes livros japoneses do século XX
«As feridas do meu passado estão longe de saradas. É meu desejo escrever tudo de forma absolutamente clara, sem nada esconder.»
No Japão do pós-guerra, Kazuko, uma jovem mulher solteira, sente o mundo que conhece desaparecer. Filha de uma viúva aristocrata, a narradora deste romance vê a mãe adoecer e perder a riqueza, obrigando a família a mudar-se de Tóquio para o campo e adotar uma vida, senão espartana, muito diferente da que conhecera até então. Naoji, irmão de Kazuko, que estava em parte incerta, depois de ter partido para o conflito, reaparece, mergulhado no vício do ópio.
Ambos, Kazuko e Naoji, são os símbolos da juventude japonesa alienada que já não se reconhece naquele país, e a voz que nos conta esta história amplifica o desalento e a revolta, sim, mas, ainda mais - o nascimento de uma mudança, os alvores de uma esperança novíssima, os primeiros e firmes passos de uma mulher que vai quebrar com as tradições e tomar a sua vida em mãos.
Publicado em 1947, um ano antes de Dazai mergulhar e se apagar para sempre no canal Tamagawa, em Tóquio, este livro tornou-se um retrato fiel da geração que viu e fez nascer o Japão moderno.
CRÍTICAS
«Todos os livros de Dazai merecem ser lidos. Ele era um errante aristocrático, um autodenominado delinquente, e, porém, escrevia com a paciência de um escritor de estômago vazio.»
Patti Smith
«Dazai revela, precisamente, todas as coisas que eu mais quero esconder sobre mim.»
Yukio MishimaYukio Mishima
CRÍTICAS DE IMPRENSA
«Belo, de grande força, e com uma escrita depurada.»
The Atlantic
«É muito impressivo lermos um dos primeiros textos daquele que é conhecido como o adorado bad boy da literatura japonesa.»
The Japan Times