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«Por essa altura, tornou-se moda adotar a postura de não querer saber. Tornou-se moda, também, insistir que aqueles que queriam saber, ou que diziam querer saber, ou eram uns pobres falhados ou estavam só a exibir-se. Parece que foi há uma eternidade. Mas não foi — foi literalmente há escassos meses.»
Fevereiro de 2020: debruçada sobre o ecrã do telemóvel, Sacha, de 16 anos, assiste, tweet a tweet, post a post, à violência racial, à ameaça de uma pandemia global, aos fogos florestais, ao radicalismo e às mentiras descaradas dos políticos.
Também a família de Sacha parece estar em perigo de desmoronar: desde o seu irmão, Robert, cujo promissor brilhantismo parece ofuscar-se sob um tédio perigoso, à mãe, Grace, incapaz de encontrar plena satisfação na sua vida atual, preferindo a memória distante dos seus tempos de atriz; e, na casa ao lado, ao pai, que, influenciado por Ashley, a nova mulher, se tornou ele próprio uma pessoa diferente.
Em toda a parte, a vida parece existir num permanente estado de transição, ora voltando atrás e repetindo o passado, emulando-o com roupagens diferentes, ora trazendo o futuro de repente, prenhe tanto de perigo, como de esperança. Eis a derradeira estação do Quarteto. Eis o Verão.
CRÍTICAS DE IMPRENSA
«Um poema em prosa que é uma homenagem à memória, ao perdão, ao compreender o lado bom da vida e ao aproveitar o momento.»
The New York Times
«Verão é o trabalho ousado e valioso de uma escritora que se coloca diante da escuridão dos tempos de hoje e traz a si todo o calor e luz do nosso verão interior.»
The Washington Post