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De Nova Iorque a São Paulo, de La Paz a Reiquiavique, de Tromsø a Jericó – uma ode à amizade e à viagem.
Na esperança do futuro, nas paisagens belas, nos sítios mais horrendos, de manhã, à tarde e à noite, em montanhas de gelo ou de areia, com fome, sede, sono e dores, Ana Bárbara e Mehdi decidiram ser amigos, e nem quando já não se aguentavam deixaram de o ser. Para isso, muito contribuiu o silêncio na hora certa, fosse o da música, o da literatura, o do bom senso. Os destinos a que foram estão em qualquer mapa. Mas a alegria, o humor e o deslumbramento desta amizade sem barreiras só estão neste livro, que é, em simultâneo, a história de vários lugares e a de uma relação de irmãos.
«Passei demasiada vida sem sair do mesmo sítio. Neste cenário, que se cumpria dentro das paredes do meu quarto, numa infância em que só a cabeça viajava, afundei-me nos livros para afundar o dia-a-dia. Foi uma maravilha.»
«A escrita abre tantos mundos que é fácil perguntar "Para quê uma estrada, quando há livros?". Mas de vez em quando uma mulher também quer estrada. E eu, que tanto aproveito as viagens para escrever, nunca aproveito para escrever sobre as viagens.»
«Foi lá que conheci o Mehdi, mas já lá vamos. […] Cada um vasculhava o mistério que havia no outro, com uma sensação impactante de chegada: éramos de mundos diferentes e éramos exactamente iguais.»