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Sobre o sórdido caso Pelicot: uma reflexão urgente, perturbante e corajosa a que é impossível ficar indiferente
No outono de 2024, meia centena de homens foram julgados num tribunal do sul de França por um crime que chocou a opinião pública. Gisèle Pelicot fora repetidamente sedada pelo marido ao longo de uma década e oferecida a desconhecidos recrutados na internet para a violarem.
A filósofa Manon Garcia, evocando a memória de Hannah Arendt no julgamento de Eichmann, assistiu presencialmente às audiências em tribunal. Atormentada pelo caso, relata o processo e constata que ele revela — na tolerância com que pôde prolongar-se durante tanto tempo — um profundo problema masculino, um profundo problema social.