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"Após uma longa instância em silêncio contemplativo, Elleniah falou-lhe, enquanto reflexos azulados das águas se avivavam na sua face.
Venho a este lugar quando preciso de fazer deserto dentro de mim Não penso em coisa alguma Deixo os desassossegos e o que inquieta para trás Quando chego ao outro lado da gruta, como que por magia, surge-me o caminho que devo trilhar, a vereda clara e segura que devo arriscar
Estou a sonhar, Elleniah?
Esta olhou-o profundamente
Talvez, Allãn É bom sonhar Dos sonhos, muitas vezes, surgem ideias que iluminam a nossa verdade Os sonhos também são realidade, uma pintura abstrata, o reflexo num espelho embaciado
Se isto é um sonho, não quero despertar.
Terás, eventualmente Lembra-te que somos caminhantes, viajantes em aprendizagem E a vida não pode parar. A nossa existência na terra é inquieta como o tempo, maravilhosa e breve como a aurora, buliçosa e imprevisível como estas águas.