A Prisioneira de Lhasa

Ngawang Sangdrol, uma jovem tibetana nascida em 1978 em Lhasa, capital do Tibete, encarna a resistência do seu povo à ocupação chinesa. Ela passou, com efeito, quase metade da sua vida na prisão, na sequência de manifestações pacíficas a favor da independência do seu país, anexado pela China em 1950. Esta pequena monja budista comoveu, com a sua coragem e com a sua tenacidade, o mundo inteiro. O próprio Dalai Lama, numa entrevista concedida aos autores deste livro, reconhece quanto ela simboliza a causa tibetana. Rebelde aos nove anos, prisioneira aos doze, condenada por ter gravado clandestinamente cânticos de liberdade e depois por se ter insurgido contra as injustiças da prisão , o seu percurso, tal como é aqui reconstituído pela primeira vez, graças aos testemunhos inéditos dos seus amigos mais próximos e de antigas companheiras de cárcere, leva-a do convento à prisão, da fé ao sofrimento. Ngawang Sangdrol vive ainda no Tibete e continua a ser, aos olhos dos seus compatriotas, um símbolo da resistência do seu povo.