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Titular da família Crasto, o conde D. Roiz vê-se só e arruinado. Com a República, a nobreza deixou de ser o que era. O solar que herdou pede obras com urgência, ou passará a ruínas.
Solteiro, urge casar com moça rica para poder fazer obras no solar. E assim faz. Porém, o casamento virá a revelar-se catastrófico. Não tendo ele casado por amor, Mariana nutre pelo marido uma paixão de toda a vida, que a submete à solidão e a uma vida sem brilho. O fidalgo, orgulhoso da sua nobreza, leva uma vida ociosa e devassa, roendo «os cotos da sua decadência dourada», sentindo-se senhor de tudo e todos.
Esta é uma narrativa acutilante que retrata de forma alegórica e com uma ironia mordaz, a condição feminina, a miséria e a hipocrisia, a pobreza e a avareza, numa teia ricamente entretecida que espelha, no fundo, a verdadeira condição humana.