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Chloe Daniels tem um grave acidente e desperta do coma no hospital.
Um dos problemas com que se depara é não se lembra de quem é e porque está no hospital, além disso não sabe quem são os estranhos que insistem que são a família.
Sendo o pai psiquiatra, propõe-se a ajudar Chloe a recuperar as memórias, mas ela sente instintivamente que os pormenores que os pais e a irmã lhe contam não são a verdade.
Chloe sente que ocultam segredos obscuros e, determinada em descobrir tudo, vai fazendo a sua investigação, só não sabe que quando a verdade for revelada terá consequências devastadoras.
A verdade está escondida entre as mentiras.
O que faria se acordasse e não soubesse quem era?
E se o seu passado permanecesse um mistério?
«Olhos abertos, arregalados. Não é um despertar contínuo, não há qualquer pausa suave entre o sonho e a realidade. É rápido, como o arrancar de um penso, o golpe afiado de uma faca. Estou sem fôlego e suada. Memórias do sonho dissipam-se à medida que olho em redor, fazendo um esforço consciente por me lembrar de onde estou. Que estou segura. Que estou viva.
Viro-me, arranco a cara à almofada e sento-me na cama; o único som é o de uma chuva delicada a embater na janela. Esfrego os olhos e oiço uma porta a abrir-se e fechar-se. Passos nas escadas, o zunzum de vozes na cozinha.
Uma família.
Dizem-me que me chamo Chloe.»