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As revoluções têm por objetivo imediato a tomada do poder para mudarem as instituições e quase todas começam pelo assalto à sede do poder vigente. No caso da nossa Revolução Liberal, porém, a insurreição ocorreu no Porto, estando o poder em Lisboa, pelo que somente poderia dar-se por vitoriosa com a conquista da capital. Este livro relata os agitados e aventurosos quarenta dias que a Revolução demorou a percorrer, desde a alvorada no Porto até à entrada triunfal em Lisboa.
Diferentemente dos relatos usuais, esta é uma versão da Revolução ao vivo, assente nas memórias dos seus protagonistas, nos relatos dos que a viveram e nos recortes dos jornais da época que a noticiaram.
Esses quarenta dias iniciaram o breve triénio liberal, que culminou na aprovação da nossa primeira Constituição (1822) e na inauguração do sistema de representação parlamentar entre nós, mudando efetivamente Portugal - para sempre. Apesar da reação antiliberal e anticonstitucional da Vilafrancada (1823), a Revolução constitucional vintista não somente inaugurou o moderno constitucionalismo entre nós, mas também estabeleceu os alicerces do constitucionalismo democrático, que se repercutiu até à atual Constituição da República Portuguesa de 1976.