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Arno Strine, um modesto dactilógrafo eventual de 35 anos, aperfeiçoou a capacidade de parar o curso normal do tempo e, nesse «não tempo» dá livre curso às suas mais loucas fantasias de rapaz. Está a escrever entusiasticamente a sua autobiografia, «A Fermata» -- Fermata refere-se a uma anotação musical que se assemelha a metade de um seio de mulher e indica o prolongamento não especificado de uma nota e Arno usa-a para descrever o seu dom de, com estalar de dedos, congelar o tempo.
Nesse tempo parado, em que todas as pessoas à sua volta permanecem num estado de consciência suspensa, só ele pode mover-se e actuar. Mas o seu talento não é usado para enriquecer ou se tornar poderoso, apenas para despir mulheres, observá-las e, algumas vezes, tocá-las. Arno não é violador, mas um voyeur. Procura sempre deixar as roupas como antes, para que, ao fazer disparar novamente o tempo, elas de nada se apercebam. Para elas, esse tempo não existiu.
Considerado por alguns críticos mais ousado, se possível, que o seu anterior livro, Vox, A Fermata é uma explosão de sexo e beleza simultaneamente sofisticado e pornográfico que não deixa ninguém indiferente