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"Em A Laranjeira reúnem-se os meus prazeres sensuais mais imediatos - olho, toco, descasco, trinco, engulo - mas também a mais antiga das sensações: a minha mãe, as amas, os seios, a esfera, o mundo, o ovo..."
Neste livro, Carlos Fuentes joga com diversos mitos - o conquistador conquistado, a atemporalidade da história - que já se tornaram em verdadeiras obsessões da sua escrita. A Laranjeira não é apenas o fio condutor das cinco novelas breves que constituem este volume, mas uma síntese da obra de Fuentes. A Laranjeira é o símbolo da fertilidade, da mestiçagem e da nova vida noutras terras; representa a recordação dos seios maternos, da esfericidade da terra e, a partir de dados históricos concretos da condição circular do tempo.