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Em pleno Séc. XIX onde a literatura se enriquece com a viagem, Ramalho Ortigão, não escapa ao desafio.
Em 1878/79 visita a Exposição Universal em Paris, considerada a capital cultural da Europa, no seu estilo por vezes marcado pela sua experiência jornalística dá-nos o relato da importância internacional deste evento, onde Portugal também esteve representado. A sua capacidade de observador, o seu método pedagógico, não o inibe de cultivar o seu lado satírico. Deslumbrado com os espaços reservados às diferentes civilizações não o impede de apreciar o desenvolvimento industrial e agrícola incluíndo o pavilhão de degustação dos vinhos franceses: Medoc, Saint-Emilion, Chateau-Lafitte... o champagne com os seus processos de fabrico, o pavilhão das águas minerais que o inspirou no seu futuro livro Banhos de Caldas e Águas Minerais valorizando a nossa riqueza termal...
É no entanto a Arte, em especial a Pintura e a Escultura (a memorável Estátua da Liberdade) que tem uma presença preponderante. Como nos sensibiliza no prefácio Maria João Lello Ortigão de Oliveira a aventura que faz correr Ramalho é de tipo estético, com intenções pedagógicas; o viajante não esquece nunca a responsabilidade social, que como crítico, escritor e jornalista sente que tem para com o seu pobre país.
Fonte - Livraria Almedina
Inclui um separador original da publicação do livro.