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Antero de Quental é uma das mais importantes figuras de toda a história da cultura portuguesa, destacando- se na famosa Geração de 70.
Ao interesse pela sua riquíssima obra literária, tem-se muitas vezes sobreposto uma certa curiosidade mórbida pelo suicídio do autor, a partir do qual nasceriam muitas teorias e opiniões acerca da natureza neurodepressiva de Antero.
Ana Maria Almeida Martins, que se tem dedicado incansavelmente aos estudos anterianos, conta a história da viagem de Antero aos Estados Unidos da América, destronando equívocos há muito vigentes e colocando em evidência a equilibrada e profunda intelectualidade do escritor, o seu interesse pelas grandes revoluções que se desenrolavam na América - políticas e tecnológico-industriais -, as suas incursões pela literatura norte-americana.
Antero embarca rumo ao Novo Continente para saciar esse desejo de descobrir as efervescentes forças sociais, o desenvolvimento industrial e capitalista, a vida concorrida e populosa da grande metrópole. Desta viagem sobreviveriam memórias, mas também o acentuar de influências literárias norte-americanas na obra do escritor.