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Maria das Dores mandou matar o marido e foi condenada a 23 anos de prisão, num dos julgamentos mais mediáticos que Portugal já conheceu. O crime tinha todos os ingredientes para suscitar interesse: paixão, ódio, dinheiro e um desenlace macabro. A imprensa batizou-a como a socialite que mandou matar o marido para cobrar o seguro de vida. Mas ela nunca confessou o crime. Durante o julgamento, declarou-se inocente e culpou o motorista e o seu amigo de serem os únicos responsáveis pelo assassinato de Paulo Pereira da Cruz. Apesar de condenada, e ao longo de anos, Maria das Dores continuou a negar o seu envolvimento.
Está presa há 12 anos no Estabelecimento Prisional de Tires, no qual teve de aprender a conviver com outras reclusas, sem mordomias, numa cela partilhada, que compara a uma caixa fechada em que mal se respira. Uma caixa sem liberdade, nem os luxos a que estava habituada. Na prisão, não pode comer sushi, usar alta cosmética ou vestir roupa de marca. Longe estão os dias em que Maria das Dores era capaz de gastar mil dólares num dos melhores cabeleireiros de Nova Iorque.
Neste livro, Maria das Dores rompe o silêncio ao cabo de 12 anos e confessa: sim, eu mandei matar o meu marido. E explica por que razões o fez. Quem é a mulher por trás da assassina? Em Eu, Maria das Dores, me Confesso, o leitor encontrará revelações surpreendentes, cartas inéditas escritas a partir da prisão e as reflexões da mulher arrependida que, levada pelo ciúme e pela raiva, cometeu um terrível erro irrefletido que custou a vida do marido, a própria liberdade e a relação com o filho mais novo. Maria das Dores foi condenada pela justiça e também pela sociedade. Chegou o momento de contar a sua versão da história - aquela que toda a gente desconhece.