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Da antropologia ao Direito, passando pela literatura e a arte, todas as lógicas sociais tentaram reduzir o sexo feminino a estigmas originários, a ritos de sociedade, a cânones, moralidades, estéticas ou ficções literárias. Toda esta encenação confunde e visa distrair da mais intensa forma repressiva, matriz de todas as violentações: o domínio do homem sobre a mulher. De fato, não se desprende qualquer ameaça real da natureza da cona que justifique toda a virulenta repressão de que é alvo. O deus ex machina que provoca a violência e a perseguição contra a cona é o medo masculino resultante da precariedade do seu próprio sexo face ao feminino. Leitura instigante onde os tabus à cerca da cona buscam ser analisados e desfeitos.