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Diz uma velha canção que no fundo de uma garrafa se encontra a vida de um homem, e por certo que assim acontece desde que se inventou a fermentação do malte. Mas no meu caso basta-me um só copo girando no fundo da mão, duas pedras de gelo e noite a cair sobre o lobby vulgar de um hotel, para começar a lembrar-me daquele dia em que uns certos amigos do meu pai entraram em nossa casa brandindo uma garrafeira completa, criaram um alvoroço em nome de alguma coisa que tinha a ver com vingança, e só depois dessa enorme desordem partiram entoando a canção do esquecimento como se estivessem perdidos de bêbedos. E no entanto, não precisavam de ter vindo gerar aquele entretenimento forçado para compreendermos a situação em que nos encontrávamos. Por que precisaríamos?