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Neste livro pioneiro, Luís Eloy aborda um tema até hoje quase por desbravar – a história da magistratura na época contemporânea. Trata-se de uma questão central dentro de uma outra questão central, também ela desamparada pela historiografia, qual seja, o estudo dos mecanismos político-institucionais no Portugal contemporâneo.
Realmente pouco se sabe da história constitucional portuguesa, mesmo que por Constituição entendamos apenas uns textos normativos de hierarquia superior. Mas, se por Constituição entendermos o travejamento institucional da política – desde o funcionamento dos órgãos de soberania até à natureza e cultura da burocracia, passando pelo agenciamento entre poder central e poderes locais – os vazios são ainda maiores.”
in Prefácio por António Manuel Hespanha