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. Lisboa, Junho de 1959
. Da colecção Ensaio
. 165 páginas (pequeno formato)
. Valor inclui portes em correio editorial
"Fazer cinema é associar. É associar uma acção com um tempo e com um espaço, é construir fugazes homens e mulheres para os unir e desunir. É fechar um mundo no rectângulo branco, um mundo exemplarmente coerente e intencional onde todas as coisas e seres se penetram e interferem.
Qualquer desvio, qualquer divagação, a mais pequena detença no demolidor triturar da acção é uma nota falsa.
Parar para ver a vista não é cinema.
Mas temos bonitas paisagens, as nossas cidades são claras e fotogénicas, as nossas aldeias são pitorescas, viçosas as culturas, deslumbrantes as praias. É verdade. Mas não são para exibir como a fotografia "do meu mais novo" que o senhor tira da carteira para mostrar ao amigo do café. São para "usar" e não para "exibir". São para funcionar na narração, não para a deter. Estuantes, belas, generosas, elas esperam o cinema. Mas não gostam de basbaques."