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. Porto, 1949
. Licenciado em Ciências Económicas e Financeiras. Director-geral da contabilidade pública
. 27 páginas (brochura, sem lombada)
. Valor inclui portes em correio editorial
"Essencialmente egoísta, com a carência que tem para viver segundo a sua sensibilidade, os meios de trabalho e o ambiente que deseja, a "posse", para o homem, é uma necessidade de ordem psíquica, é um estímulo.
Façamos, portanto, uma separação bem vincada entre a gestão pública e a gestão privada. Esta é até mais natural que aquela. A gestão pública nasceu e desenvolveu-se para atenuar – já que infelizmente não os pode eliminar – os defeitos avolumados pelo egoísmo das gestões privadas. O Estado não pode e não deve absorver a iniciativa privada, propulsionadora do progresso.
Numa mensagem dirigida ao Congresso Internacional de Industriais Católicos, de que a Imprensa oportunamente deu notícia, o Papa criticou a excessiva interferência do Estado nas empresas particulares. A Igreja, dentro de certos limites, reconhece que o Estado tem o direito de nacionalizar certas indústrias, mas transformar a nacionalização quase numa norma da organização da economia política não obedece à ordem natural das coisas, diz Sua Santidade.
A missão dum Estado moderno é «servir a actividade particular». Pio XII diz ainda que o possuidor dos meios de produção deve continuar a dirigir a sua economia. Os benefícios do capitalista podem ser maiores do que os daqueles que com ele trabalham; mas o capitalista tem a obrigação de aumentar o capital nacional com as suas economias. É, também, muito para desejar que os operários possam participar nos frutos do seu trabalho e na constituição do capital do País.
Clarividentes palavras estas. Elas estão de harmonia com as tendências naturais da humanidade, corrigidas nos seus defeitos, pela soberania dos poderes constituídos."