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. São Paulo, Janeiro de 1972
. Dois textos de Jorge Amado
. Ensaios e artigos de Antonio Candido, Alceu Amoroso Lima (Tristão de Athayde), Vinicius de Morais, Luís Forjais Trigueiros, entre outros
. Prefácio de José de Barros Martins
. Capa de Carybé
. 247 páginas
. Valor inclui portes em correio editorial
"(...) Pais e filhos do povo, e, como dizia Máximo Gorki, coveiros e parteiros.
Vivemos um tempo de mudança, um tempo dramático e belo, terrível e apaixonante. Um tempo de ameaças atômicas e de conquista do universo, quando as fronteiras da Terra se ampliam infinitamente, sem limites. Onde chegará o homem, nos dias de amanhã, até onde levará sua aventura?
Coveiros, enterramos uma sociedade já em estado de putrefação; parteiros, vemos nascer, ajudamos a nascer um nôvo mundo. Mas, talvez, nenhum de nós seja hoje capaz de dizer como será o dia de amanhã pois o nosso tempo rompeu com todos os dogmas e colocou na balança da contestação tôdas as afirmativas quanto mais as profecias. Temos de registrar, Senhora, isso sim!, o crescimento do nosso tempo, a morte do velho, do passado, das estruturas caducas, e o nascimento do nôvo, do futuro, de um horizonte ilimitado. Mas devemos fazê-lo tendo, ao mesmo tempo, a noção do conjunto e o conhecimento do detalhe. Daquilo que é o nosso particular."
Jorge Amado, numa "carta a uma leitora sôbre romance e personagens"