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Pela mão de um dos maiores especialistas camonianos, o livro vencedor do prémio D. Diniz ilustra a necessidade de entendermos o autor d’Os Lusíadas como uma das mais necessárias vozes da literatura portuguesa no século XXI.
Muitas vezes, quando pensamos em Camões, vemo-lo ao longe, por entre as luzes e as gentes do seu tempo. Porém, pensemos, pousemos o nosso olhar sobre autores como Saramago, Sophia de Mello Breyner Andresen ou Cardoso Pires: haverá, nas suas obras, ecos, heranças e, ousemos dizer, a presença do poeta d’ Os Lusíadas?
Helder Macedo, um dos maiores e mais reconhecidos especialistas camonianos, responde-nos com a premissa que alimentou a escrita dos ensaios que compõem este livro: contemporâneos são todos aqueles com quem vivemos.
Numa crítica inovadora de oito séculos de literatura portuguesa, das cantigas de amigo a Herberto Helder, passando por nomes como Sá de Miranda e Cesariny, o ensaísta abre novas perspectivas sobre alguns dos maiores autores da nossa história, tratando divergências e convergências como a mais salutar dinâmica e permitindo, talvez, uma importante conclusão: de certezas e linearidade, está o vazio cheio.