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Pretextat Tach, Prémio Nobel de Literatura, só tem dois meses de vida. Jornalistas internacionais solicitam entrevistas com o escritor, cuja misantropia o mantém recluso há anos. Alguns o encontrarão, mas apenas um deles o desafiará, deixando-se enredar num jogo em que a má-fé e a lógica se entrecruzam. É um romance quase inteiramente dialogado, pois nenhuma forma de escrita se aproxima tanto da tortura.
Os diálogos, ao princípio, simples entrevistas, transformam-se aos poucos em interrogatório, num duelo sem misericórdia. Deste embate surge um homem atormentado, pelos segredos mais obscuros, como se cada troca de palavras fosse uma fase de dissecação da alma. Com a intensidade extraordinária e grande poder de contundência, cada palavra é capaz de revelar a crueldade, manejar o cinismo e desbaratar a ambiguidade do ser humano.
Páginas: 157