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Baya Gacemi conheceu aquela que, neste livro, se dissimula sob o nome de Nádia quando, para efeitos de uma reportagem, procurava mulheres vítimas do terrorismo. A jovem mulher, então com vinte e dois anos, aceitou descrever a sua história espontaneamente, sem floreados nem disfarces, contando mesmo certos pormenores relativos à sua família e à sua vida íntima. E fê-lo porque desejava que o seu exemplo servisse de lição a outras raparigas.
Nádia apaixona-se e casa com um membro importante do GIA, a organização islamista radical responsável por muitos dos massacres que cobrem de sangue a Argélia. O que ela nos conta é a sua vida repleta de sofrimentos, reduzida como foi à condição de “escrava” de um grupo terrorista permanentemente em fuga. E também o dia-a-dia de uma aldeia dos arredores de Argel, cuja população, ao princípio favorável aos terroristas, acaba por se revoltar contra eles face à sua implacável selvajaria.