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O livro abre com uma festa particular de celebração pela primeira eleição de Barack Obama. A lista de convidados compõe-se de pessoas interessantes, bonitas, talentosas, promissoras, e bem-sucedidas, entre os 30 e os 40 anos. Aqui encontramos pela primeira vez o casal formado por Melissa e Michael: ele, um executivo de ascendência jamaicana; ela, jornalista de ascendência nigeriana. Têm dois filhos pequenos e sentem já o efeito da erosão do tempo e do quotidiano na relação. Também em Londres, mais a sul, vivem os amigos Stephanie e Damian: ele, filho de um ativista político de Trinidad; ela, filha de um empresário branco e de mãe indiana. Têm três filhos. São estas as principais personagens e é através delas que se faz a astuta observação do casamento moderno, da maternidade e da paternidade.
O título original do romance, Ordinary People, decalca o de uma canção de John Legend, em que se cantam as fases que se seguem aos ardores da paixão. Mas este livro não é só sobre isso: traz também à superfície as questões de raça, geração, género, e as pressões múltiplas sobre o sentido de identidade, pessoal e cultural. Um magnífico retrato da Londres moderna e da sua classe média negra.