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"António Dacosta foi um poeta e pintor português que trocou a Ilha terceira por Lisboa, onde fez os seus estudos na Escola Superior de Belas-artes. A sua pintura inicial caracteriza-se pela representação de espaços solitários inspirados pelos primeiros anos passados nas ilhas, sendo as recordações de infância e de uma adolescência constante em sua obra. A Guerra Civil de Espanha irá marcar fortemente as pinturas da década de 40, em que surgem temáticas do horror, com monstros e figuras mutiladas, numa clara alusão aos massacres da guerra. Em 1947 fixa-se em Paris e sua obra evolui para uma pintura de concepção abstrata conjugada com uma figuração por vezes de raiz mitológica. Introduz, juntamente com Antônio Pedro, a corrente surrealista em Portugal. Foi um dos principais nomes da pintura surrealista em Portugal. Abandonou a pintura em 1949, dedicando-se em seguida à literatura (crítica de Arte), tendo sido cronista do "O Estado de São Paulo" e colaborado em diversos jornais e revistas como "Variante", "Acção" e "Diário Popular". Um dos motivos que o fez abandonar a pintura foi a perda de grande parte das suas obras que arderam num incêndio, mas em 1975, retomou a pintura."