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"D. Branca morava no Porto, na Rua da Cedofeita, e do seu passado ou, melhor dizendo, das suas experiências coloridas com um estudante republicano, nada se sabe. Por detrás da "mesa pé-de-galo, contando as pancadas de outro mundo batidas no soalho pela vizinha", encontra-se o vidente senhor Roxo, educado por padres e irmãos leigos e autor de obras sobre sangrias e receitas famosas de boticário. Amarelo é o sorriso suspenso de todos os espectadores da peça teatral com mais sucesso no País. Com sangue azul e alguns danos na sua personalidade ficará o novo visconde, depois de ter pago principescamente a um fidalgo falido por uma transfusão sanguínea. Num dia cinzento de chuva, estando os Pardos que nem gatos pingados, comemora-se a fundação dos ilustres e distintos Pardos de Portugal. Problemas tem o solitário Vermelho por corar quando alguém mente, mas talvez, depois de um sonho colorido, este consiga encontrar a sua cara metade."
Este conjunto de contos, escritos por Ruben A. e publicados em 1960, têm em comum o facto de a cada cor corresponder uma história. Cores é um livro divertido, cáustico e por vezes impiedoso.
Sinais leves de uso na capa e com assinatura.