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Vivemos hoje sob o império da imagem. Depois da voz e da escrita, é a imagem que adquire uma inaudita relevância. Ela determina a nossa vida de forma cada vez mais decisiva. Tanto a nossa maneira de ver o mundo como a forma de nele inscrevermos a nossa existência individual e colectiva.
Qual o bem fundado desta apreciação? Em que consiste o novo estatuto da imagem, se é que existe? De que modo pensar a herança da escrita no interior da civilização da imagem? Será a imagem apenas um meio de aceder ao conceito, uma mediadora efémera, uma simples e fugaz aparição? Ou, pelo contrário, a imagem é a apresentação sensível de uma ordem que só nela e por ela se dá a ver?
Numa época em que parece prevalecer a realidade técnica do artifício, não surpreende que a imagem, sendo quase o seu arquétipo, se tenha tornado um tema inesgotável de estudo, segundo as mais diversas perspectivas de investigação.
Os textos reunidos neste volume reflectem a condição de transversalidade e transdisciplinaridade - que é também não-disciplinaridade - a que o discurso teórico sobre as imagens está obrigado.