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A Dívida ao Prazer constituiu, aquando do seu aparecimento, em 1996, um autêntico acontecimento internacional no mundo das letras. poucas vezes um primeiro romance recebera tão rasgados elogios de uma crítica unânime que o considerava a primeira obra inglesa dos anos noventa comparável a livros tão famosos como “Dinheiro”, de Martin Amis, “O Papagaio de Flaubert”, de Julian Barnes, ou “O País das Águas”, de Graham Swift.
Tarquínio Winot, um homem erudito, voluptuoso, snobe e terrivelmente civilizado, decide escrever um livro de cozinha nada convencional, embora comporte receitas perfeitamente canónicas. Na realidade, será uma espécie de “Fisiologia do Gosto” à maneira de Brillat-Savarin, que Tarquínio considera, a par do Marquês de Sade, como um dos espíritos mais transgressores da sua época. Mas Tarquínio é um habilíssimo mentiroso e o seu relato, que começa por ser a refinada reflexão de um dandy sobre o prazer, acabará por converter-se no ambíguo testemunho de alguém que transformou a sua vida numa perigosíssima obra de arte.