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«Não me lembro quando descobri que o Dodó não era um pássaro mítico, mas sim uma criatura que existiu mesmo. Possivelmente isto está ligado a uma outra paixão minha, para além de ver ciência nas artes e as artes na ciência, que é a ópera. Há uma ópera mágica de Rimsky-Korsakov, baseada em Puchkin, O Galo de Ouro (1909), que tem um personagem chamado Rei Dodon (ou Dodô, em português).(_) (_) Do Dodó não resta quase nada: apenas uns ossos aqui e ali, as extrapolações da evolução darwiniana e — oh glória das glórias — uma perna e um pé, hoje no Museu da Universidade de Oxford, mesmo ao lado do laboratório onde eu, há trinta anos, preparei o meu doutoramento. Tudo somado, não dá sequer para temperar uma canja, mesmo em Tormes. Mas dá para coser uma mancheia de histórias fascinantes, naquilo que acaba por ser também um "voo planado sobre a modernidade". Nada acontece por acaso. Não é que à hora em que escrevo este prefácio o referido Museu de História Natural em Oxford inaugura uma instalação sobre "O Dodó e os Dinossauros"?»