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O período de 1450 a 1650 ficou conhecido na história como o apogeu italiano. Momento único de expansão cultural, política e econômica, esse apogeu duradouro reverberou por todo o mundo ocidental, influenciando as artes, os sistemas de governo e as estruturas das sociedades da época. Foi durante esses dois séculos que a Itália tomou a dianteira em três dos grandes movimentos da história da arte: o Renascimento, o Maneirismo e o Barroco.
Em O modelo italiano, Fernand Braudel investiga os movimentos interiores dessa expansão, as condições sociais que a propiciaram e seus reflexos na história da Itália e do mundo. A partir de um método rigoroso e original, ele relaciona, dentro da complexidade política das sociedades italianas e da lógica própria da enorme expansão capitalista que ali se deu, as matizes desse processo, a fim de entender como surgem, se propagam e se extinguem os grandes momentos da história da arte.