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Considerado um marco do naturalismo, O Mulato é um romance que afronta tabus em pleno século XIX e no qual se cruzam grandes conflitos sociais. Aluísio Azevedo denuncia, nesta obra, os problemas de uma sociedade brasileira marcada pelas feridas coloniais, o racismo e a corrupção do clero. Estávamos em 1881, anos antes da abolição da escravatura e do estabelecimento da Primeira República no Brasil.
A narrativa é inspirada na vida maranhense da época e relata a história de Raimundo, um jovem brasileiro de ideias liberais. E se é um facto que os romances de Aluísio Azevedo oferecem palco a classes sociais sem visibilidade, valem também pelo seu valor estético e literário.
O Mulato é uma história de amor impossível. Raimundo, a personagem central da obra, é filho de um português que trafica escravos e de uma escrava negra. Depois de ir estudar para Portugal, escapando à violência da mulher do pai, regressa ao Brasil, onde descobre a verdade das suas origens e se debate com os preconceitos e as barreiras de uma sociedade racista e corrupta.