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A Universidade de Paris é, no final do século XIII, o maior centro de saber do mundo. Mas os inovadores são perseguidos. Porquê? Os defensores do dogma católico inquietam-se pela independência intelectual dos mestres parisienses, entendida como uma ameaça contra a fé. O bispo de Paris condena os «erros» difundidos na Faculdade de Artes e o inquisidor de França acusa de heresia alguns mestres… Mas, eis que um cardeal aberto à inovação é eleito para a Sé Apostólica. Este Papa português, João XXI, quer reconciliar ciência e religião.
Os integristas não gostam disso e, se não conseguem fazer calar os livre-pensadores, podem ao menos fazê-los morrer. Esta tormenta, bem mais violenta do que o será «o caso Galileu», foi praticamente apagada da história. Os raros documentos que não foram queimados ou censurados permitem entrever uma verdadeira conspiração, que implicou os mais poderosos príncipes da Igreja.
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