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“No mundo que nós queremos, há lugar para diversos mundos.” No sonho zapatista, cada um de nós pode efectivamente meter o seu próprio sonho. Mas para lá dos clichés, dos efeitos mediáticos, das polémicas e dos bons sentimentos, qual é a originalidade profunda desse movimento nascido nas montanhas de Chiapas, uma província mexicana com importantes riquezas naturais e ainda mais importantes índices de pobreza?
O subcomandante Marcos, ele próprio a criação e a expressão do sonho dos índios zapatistas, aceitou o desafio. Pela primeira vez, e como se fosse a última, ele explica-se em longas conversas sobre o movimento, a sua génese e a sua evolução. Sem metáforas, sem parábolas, para lá do puramente anedótico. Com a gravidade, a urgência, a angústia – mas também com o humor e o sentido do ridículo – de alguém que está convencido do seu próximo desaparecimento.