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Prémio Viareggio per la Narrativa
Prémio Palazzo al Bosco
Há muitos anos, algures no meio do oceano, uma fragata da marinha francesa naufragou. 147 homens tentaram salvar-se subindo para uma jangada enorme e entregando-se ao mar. Um horror que durou dias a fio. Um palco formidável onde se exibiram a pior das crueldades e a piedade mais doce.
Há muitos anos, algures na costa do oceano, apareceu um homem. Uma promessa levara-o até lá. A estalagem onde ficou chamava-se Almayer. Sete quartos. Crianças estranhas, um pintor, uma mulher lindíssima, um professor com um nome esquisito, um homem misterioso, uma rapariga que não queria morrer, um padre cómico. Todos ali, à procura de alguma coisa, em equilíbrio sobre o oceano.
Há muitos anos, estes e outros destinos encontraram o mar e voltaram marcados desse encontro. Este livro conta-os porque, ao escutá-los, ouve-se a voz do mar. Pode ler-se como um conto de suspense, como um poema em prosa, um conto philosophique, um romance de aventuras. Seja como for, domina nele a alegria arrebatadora de contar histórias através de uma escrita e de uma técnica narrativa sem modelos, nem antecedentes, nem mestres.
Com efeito, o timbre de Oceano Mar não tem ecos na narrativa italiana, também pelo ardor fantástico que não conhece pausas, pela gama de emoções que nele se desfralda: vai-se, de facto, da ironia mais multifacetada à melancolia mais profunda, da comicidade mais sanguínea ao pathos mais envolvente e menos patético.
Oceano Mar é a confirmação indiscutível de um talento original, capaz de insólitas sabedorias literárias e de entregas inéditas.