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O desafio desta obra, visando abrir a caixa negra do enfoque macroeconómico, que reduz os comerciantes indianos a uma entidade abstracta, leva-nos a cruzar a substância viva das trajectórias que as narrativas de memória oferecem com o testemunho reavaliado de fontes documentais. Salienta-se por um lado pormenores inéditos da vida económica dos membros da comunidade Ismaili de Moçambique (khojas oriundos do Guzerate, na Índia) e, por outro, uma perspectiva que os encara como sujeitos na economia da colónia, entendida enquanto fenómeno social total. Este enfoque pode contribuir para a elaboração de uma história económica da colonização, que deve ser necessariamente uma história social e económica dos grupos que fizeram o momento colonial.