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Um dos acontecimentos mais importantes desde meados do século XX até aos dias de hoje, é o processo de envelhecimento da sociedade a nível mundial. O relatório da Divisão de População das Nações Unidas indica que em 2050 cerca de 22 por cento da população terá mais de 60 anos.
O problema geracional não tem apenas uma dimensão demográfica. A importância da geração idosa na sociedade deriva dos desafios que está a lançar às diferentes formas de organização social, cultural, económica e política. O actual aumento da esperança de vida assume várias dimensões: biológica, psicológica e social. Todos devem ser abordados de forma integral. E no contexto social que se tomam evidentes com maior intensidade as alterações de papéis e funções dos grupos etários.
O sentido do envelhecimento passou de uma concepção gerontocrática do passado para uma juvenilização, numa transição do domínio e poder dos idosos para uma hipervalorização dos estilos juvenis, que acarreta o risco de desvalorizar o papel das gerações mais velhas na sociedade actual. É para esta dimensão social, sem esquecer os outros âmbitos, que esta obra pretende basicamente dar o seu contributo.
O processo de envelhecimento está inscrito num contexto social. É marcado por circunstâncias históricas e socioculturais concretas que convém analisar a partir de várias perspectivas e destacar em vários âmbitos de intervenção.
O objectivo fundamental desta obra é interessar-se por incrementar sobretudo a interpretação socioeducativa do processo de envelhecimento. Um aspecto que toca a todos: técnicos, especialistas, políticos e, mais que tudo, cada um de nós.