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«Em "Sarrasine", obra-chave da transição entre o Alto Romantismo e o Romantismo tardio, Balzac reformula as aventuras italianas do herói transvestido de Latouche em termos decadentistas. Ao visitar Roma em 1758, Sarrasine, um escultor francês, apaixona-se loucamente por uma prima-dona, La Zambinella. A cantora corporiza a "beleza ideal" que o celibatário Sarrasine procurara em vão na vida real - o modelo em que se haviam baseado "as doces, preciosas criações da antiga Grécia". Só depois de um encontro com Zambinella é que Sarrasine descobre, para sua humilhação pública, que ela é um homem, um castrato. Também aqui, uma revelação sexual obriga-nos a reler o texto. E a primeira aparição em palco de Zambinella torna-se uma epifania sagrada, que arrebata Sarrasine com a visão de uma perfeição hermafrodita. Se ele nunca encontrara a beleza ideal, isso é porque o comum dos mortais possui apenas um sexo; mas Zambinella é sexualmente compósita, à maneira Grega.»