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Chamava-se Amílcar Cabral e foi escolhido recentemente por historiadores de todo o mundo como um dos vinte maiores líderes da História da Humanidade. Com uma vida cheia, mas apenas 49 anos e tanto por fazer, Amílcar Cabral regressa a casa certa noite para encontrar a morte à sua espera. Sem poder fugir aos tiros, cai junto do automóvel e, observando a Lua Cheia, reconstitui, em prodigiosas regressões e bastas reminiscências, todos os passos da sua vida pública e privada para compreender quem o terá assassinado e porquê, desvendando afinal a si mesmo o mistério que permanece até hoje.
Usando a terceira pessoa num original e inusitado monólogo, aquele a quem os seus chamavam Homem Grande revisita a infância, a relação com a mãe, a vida de estudante, os amores, as traições, o sonho da independência para as suas duas pátrias - Guiné e Cabo Verde - e põe a nu o absurdo de uma guerra, os meandros dos interesses internacionais e os desmandos do poder em África.
Finalista do Prémio LeYa em 2021, A Última Lua de Homem Grande é um romance notável com impacto mundial, que envolve a um tempo líderes de mais de vinte países - do Papa às grandes figuras do século XX - e homens e mulheres comuns, quantas vezes anónimos, de todo o mundo.