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"XY é a fórmula cromossómica do homem. Se não houver acidentes de percurso, estes dois cromossomas desencadeiam todos os mecanismos da diferenciação sexual que fazem com que um homem não seja uma mulher. Mas se XY é de facto a primeira condição do ser humano masculino, isso não chega para o concretizar. A masculinização põe em jogo factores psicológicos, sociais e culturais que nada têm a ver com a genética, mas desempenham um papel não menos, e porventura ainda mais, determinante."
Durante muito tempo, a masculinidade pareceu ser, com efeito, uma evidência inquestionável. Cada homem devia assemelhar-se ao idela viril que dominava a cultura no seu conjunto. E a identidade sexual inscrevia-se supostamente na própria natureza. Ora, durante os três últimos decénios, as mulheres destruiram essas evidências. As fronteiras entre o masculino e o feminino tornaram-se indefinidas. E cada homem tem hoje de interrogar-se sobre a sua identidade mais profunda.
O homem mutilado, partilhado entre imagens contraditórias, obrigado a recalcar uma parte essencial de si próprio, começa agora a morrer. Elisabeth Badinter desenha aqui os contornos, ainda incertos, do novo homem que o nosso século tem vindo a criar. Prelúdio a uma forma inédita de harmonia entre os sexos.
Sinais de uso na capa, lombada e contracapa.