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O Noventa e Três (4 volumes-livros 1º a 7º, completo), + Claude Gueux, 1ª edição em Português de 1899, único - Victor Hugo
O Noventa e Três e Claude Gueux dois romances junto na uma edição
Collecção da Empresa Historia de Portugal
Estado: antigo/usado, podia falta páginas (talvez ilustrados) como fotos
Editora: Empresa História de Portugal – Sociedade Editora Typographia, Livraria Moderna
Ano: 1899
Estante: Literatura Estrangeira
Peso: 380g
Idioma: Português
Preço abaixado para 19 €
Conta a história de três crianças e sua mãe no meio da Revolução Francesa, aonde o exército de Lantenac(monárquicos)prende as crianças e Gauivan(revolucionário)briga por elas. No final de toda essa batalha , Lantenac que aprisionou as crianças as salvas, e Gauivan se entrega no lugar de Lantenac e é condenado e guilhotinado por seu próprio exército.
Características(3ª Geração do Romantismo):
#Miséria:Quando a mãe das crianças(Michele Flechard)vai atras de seus flhos com fome em farrapos.
#Evasão:Quando o pai de Gauivan(Cimordain)se mata junto com seu filho.
#Nacionalismo:O orgulho dos revolucionários.
#Idealização da natureza:Quando elogiava as florestas e bosques.
#Linguagem Metáforica:Quando o cnão era comparado com elementos da natureza.
#Religiosidadde: Em muitos momentos envocavam Deus, principalmente os monárquicos.
Publicado pela primeira vez em 1874, este romance de Victor Hugo tem como pano de fundo os mais terríveis anos da revolução francesa, que ficaram para sempre conhecidos pela designação «O Terror». Este período da revolução caraterizava-se pela falta de humanidade entre as duas fações da guerra civil. Foram assassinadas mulheres e crianças de uma forma indiscriminada, e a guilhotina trabalhou sem cessar, muitas vezes mais para saciar a sede de sangue do que para aplacar a necessidade de justiça.
A ação centra-se na contrarrevolução da Vendeia, usando como protagonistas o marquês de Lantenac, do lado dos brancos (realistas) e o seu sobrinho Gauvain do lado dos azuis (repubicanos). A rivalidade de morte entre os dois familiares acaba por ser um símbolo de todas as guerras, em particular as guerras civis, que não são mais que a luta entre irmãos, por vezes sem já se ter a noção das razões que fazem pegar nas armas.
Até onde pode um ser humano chegar, quando se encontra nas situações mais extremas que se podem imaginar? Esta pergunta poderia ser o subtítulo desta obra. O extremo do sofrimento, o limiar da raiva contida, o limite da injustiça… tudo neste livro nos faz tremer; é inacreditável até onde pode chegar o ódio, a violência do ser humano sobre o seu semelhante, em nome de ideais que por vezes nem se conhecem, por obediência a líderes que nada têm de benevolentes.
A luta contra a injustiça e a denúncia de uma sociedade fundada sobre a desigualdade, conferem a Victor Hugo o estatuto de escritor revolucionário mas, acima de tudo um grande e profundo humanista. A sua própria dor sente-se nas linhas da sua escrita. A dor de quem escreve com alma, com a paixão pelos ideais da Revolução francesa, mas com toda a consciência dos excessos dos próprios revolucionários que, em nome da justiça não hesitavam em cometer os mesmos crimes e a praticar a mesma violência.
Gouvin é o herói romântico que Hugo escolheu para representar o revolucionário que, esse sim, procurou combater o mal com o bem. Acabará mal, como é lógico.
O enredo desenrola-se no ano do título, em plena guerra da Vendeia, que opôs os revolucionários republicanos, herdeiros da Revolução Francesa, proclamando os ideias de Liberdade, Igualdade e Fraternidade e, do outro lado, os realistas, saudosistas da monarquia, com o apoio dos interesseiros ingleses.
Um dos aspetos que mais impressiona o leitor, nesta obra, é desapego dos personagens em relação à própria vida; é a forma por vezes heroica, outras vezes louca como enfrentam a violência do inimigo, com que se expõem às balas. E no meio de heróis uns e idealistas outros, o povo de pé descalço; milhões de soldados miseráveis jogando a vida como se a morte fosse o destino fatal de uma procura a que chamam vida.
Escrito em 1874, quando V. Hugo contava já 72 anos, este livro é o culminar de uma carreira literária brilhante; é a súmula de uma imensa obra, onde brilham estrelas como Os Miseráveis e Nossa Senhora de Paris. Sem a profundidade histórica do Corcunda de Notre Damme e sem a beleza e a profundidade de Os Miseráveis, este O Noventa e Três compensa o leitor com um ritmo narrativo alucinante, privilegiando os diálogos e a emoção do enredo.
Sem dúvida, mais uma obra grandiosa da enorme literatura francesa do século XIX.
Obrigatório para quem aprecia a grande literatura universal.
Nota dez em dez.
Victor Hugo (1802 -1885) foi um romancista, poeta, dramaturgo, ensaísta, artista, estadista e ativista pelos direitos humanos francês de grande atuação política no seu país. Autor dos romances, "Os Miseráveis", "O Homem que Ri", "O Corcunda de Notre-Dame", "Cantos do Crepúsculo", entre outras obras (...)