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Um dos herdeiros da fábrica de cervejas Portugália, Manoel Vinhas fundou a Cuca em Angola (e mais de 50 outras empresas), a Laurentina em Moçambique e a Skol no Brasil. Foi o principal apoio de artistas entretanto consagrados como Luiz Pacheco, Raúl Solnado, Júlio Pomar, Cruzeiro Seixas e Almada Negreiros, e chegou também a ser dirigente do Sporting Clube de Portugal. Próximo de Salazar e amigo íntimo das principais figuras da realeza europeia exilada no Estoril, era também defensor da autonomia das províncias ultramarinas e organizava caçadas para os empregados, com quem foi dos primeiros empresários a partilhar lucros — motivos mais do que suficientes para chamar a atenção da PIDE, que entre 1961 e 1969, o manteve sob vigilância apertada. Morreu no Brasil, onde se exilou em 1974. Tinha apenas 57 anos. in «Observador» (Tânia Pereirinha)